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Região central recebe primeiro centro de qualificação profissional para pessoas em extrema vulnerabilidade social

Região central recebe primeiro centro de qualificação profissional para pessoas em extrema vulnerabilidade social

Com capacidade para atender até 3 mil beneficiários por semana, Centro POT vai oferecer aulas de gastronomia, corte e costura, tecnologia e beleza

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O prefeito Ricardo Nunes inaugurou nesta terça, 16 de janeiro, o primeiro serviço voltado ao acolhimento e qualificação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas pelo Programa Operação Trabalho - POT. Com funcionamento de segunda a sexta-feira, o local irá atender beneficiários da região Centro-Oeste (Sé, Lapa, Pinheiros e Butantã) com aulas de gastronomia, corte e costura, tecnologia e beleza. Outras três unidades serão inauguradas ainda neste ano, nas zonas sul, norte e leste da cidade, com estrutura e capacidade de atendimento semelhantes às da região central.

“Nós envolvemos toda a Prefeitura nesse programa, que é uma porta de entrada para fazer um curso profissionalizante e trabalhar. Um programa que serve de exemplo para o Brasil e para o mundo de uma ação concreta para o atendimento às pessoas mais vulneráveis”, disse o prefeito Ricardo Nunes.

O programa, inclusive, já transformou a história de Bruce Lee do Santos, que passou por cursos do POT e assim que terminou a qualificação, conseguiu um emprego. Dedicado, logo foi chamado para ingressar em uma outra empresa. Atualmente, é um dos funcionários da Loga, concessionária que faz a coleta de resíduos na cidade. Morador da Vila Reencontro do Anhangabaú, ele só tem elogios ao programa e se emociona com a chance de mudar a própria história. “Só tenho a agradecer por terem me acolhido aqui. E quero agradecer a Loga por ter me aceitado lá, estou amando”.

 

O Centro POT – Centro de Capacitação Profissional do Programa Operação Trabalho tem capacidade para atender até 3 mil pessoas por semana, também vai oferecer oficinas socioemocionais, com o objetivo de preparar os participantes para o mercado de trabalho.

 

Estrutura completa

A unidade fica próxima ao Vale do Anhangabaú, no Centro Histórico da cidade, e tem salas para a realização dos cursos de qualificação profissional, como sala de corte e costura com máquinas profissionais, salão de beleza, cozinha experimental, laboratório de informática, entre outros espaços de apoio para os beneficiários.

O Centro também é referência aos participantes para as atividades de frente de trabalho, que ocorrem durante a semana, conforme carga horária do projeto. As formações da qualificação profissional são realizadas uma vez na semana, durante todo o período em que o beneficiário estiver no programa.

Lucas Feliciano, morador do Jardim Satélite, está fazendo aulas de corte e costura. “Estou gostando muito, assim consigo melhorar e adquirir novas experiências”, conta o jovem que é cabeleireiro e quer fazer o curso desta área para aprimorar seus conhecimentos e conseguir uma vaga no mercado de trabalho.

De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento e Trabalho, Aline Cardoso, os cursos oferecem formação nos segmentos que mais empregam e são vocações da cidade. “É uma maneira efetiva de incluir essas pessoas no mercado de trabalho, nesse programa que vem crescendo por ser inovador e transformador. É uma estratégia de saída qualificada das ruas para uma oportunidade real de transformação de vida a essas pessoas vulneráveis”, explica a secretária.  

 

Programa Operação Trabalho – POT

O programa da Prefeitura de São Paulo é voltado à população em vulnerabilidade social, visando estimulá-la à busca de ocupação, bem como a sua reinserção no mercado de trabalho. Atualmente, são 18 mil vagas, distribuídas em 17 projetos, que contam com uma bolsa que varia entre R$ 1.482,60 - 30 horas semanais, 6 horas por dia, ou R$ 988,34 - 20 horas semanais, 4 horas diárias. Entre as ocupações em frentes de trabalho estão zeladoria, manutenção e apoio administrativo. O diferencial desta ação é que os serviços são realizados em locais públicos, fazendo com que o cidadão devolva à cidade o apoio que está recebendo.

“O POT é um programa que gera a garantia de dignidade, de direitos, com foco na população em situação de rua. Um programa que vai ao encontro a tantas políticas que fizemos nos últimos anos colocando essas pessoas como prioridade, sem políticas assistencialistas, mas com a promoção social, que incentiva a saída qualificada das ruas e que ajuda cada pessoa a retomar os vínculos sociais e familiares, garantindo o trabalho, algo fundamental para a garantia de direitos”, disse o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra.

Para participar é necessário seguir critérios como ter mais de 18 anos, morar na cidade de São Paulo, estar desempregado há mais de quatro meses e não receber benefícios como seguro-desemprego, FGTS, entre outros. A renda familiar permitida é de até meio salário-mínimo por pessoa da família.

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