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Jovem acusa Enfermeiro do Hospital Ignácio de Proença na Mooca de Assédio Sexual

Jovem acusa Enfermeiro do Hospital Ignácio de Proença na Mooca de Assédio Sexual

Data de Publicação: 7 de novembro de 2020 18:06:00

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No dia 3 de novembro, por volta de 16:00h, a jovem Ana Vitória e seu namorado que estavam suspeitando de terem contraído o COVID-19, foram até o Hospital Ignácio de Proença Gouvea, Antigo João XXIII, para passarem por atendimento médico.

A estudante após passar em consulta com o médico precisou tomar 2 injeções e o enfermeiro nesse momento, segundo a vítima, teria fechado a porta da sala de medicação e pedido para que ela abaixasse a calça e tirasse a calcinha para poder ver onde estava o músculo direito, antes de aplicar a injeção.

A jovem se recusou e disse que o procedimento estava errado. Tendo pedido para que uma enfermeira aplicasse a injeção ao invés dele. “Fui no hospital João 23 localizado na Mooca, fui com meu namorado porque nós não estávamos nos sentindo muito bem, chegamos, passamos pela recepção, aguardamos o atendimento e fomos atendidos por um médico que mandou eu fazer o teste rápido direto e meu namorado um raio-x e em seguida o teste rápido, fizemos, e os resultados deram negativos e depois retornarmos ao médico, ele receitou remédio pro meu namorado e pediu para eu fazer um raio-x, meu namorado ficou me acompanhando, fomos fazer meu raio-x e voltamos pra eu mostrar pro médico, chegando lá o médico me receitou duas injeções e pediu pra aguardar. E, enquanto aguardávamos trocou o plantão, o médico foi embora e veio um enfermeiro e pediu para acompanharmos ele, chegamos na recepção ele pediu pra esperar lá, em seguida ele me chamou e eu o acompanhei até a sala de medição, a sala era bem pequena, nós entramos e ele fechou a porta, começou a explicar como seria aplicado os medicamentos (não me lembro exatamente dos remédios porque não foi muito explicado, acho que um era dipirona e o outro não faço ideia). Ele falou que teria que aplicar nas nádegas, como já tomei injeção, sabia como funcionava, abaixei só um pouco a parte onde seria aplicada, sem tirar a calça, nisso ele falou que eu teria que tirar a calça e tirar a calcinha porque ele precisava achar o músculo onde aplicaria, inclusive ele tentou vir pra cima de mim tentando tirar minha jaqueta falando que atrapalhava até mais que a calça, eu na hora levantei o braço me esquivando dele e falei que ele não podia encostar a mão em mim, mandei ele sair de perto de mim, eu me senti muito constrangida, muito coagida na situação, fiquei com muito medo, mudei o tom com ele e falei que queria que ele chamasse uma profissional de preferência mulher pra aplicar porque ele não iria aplicar em mim mais, e eu jamais tiraria a roupa, eu sabia que aquilo era maldade, não foi nem um pouco legal ter que passar por isso, foi ABUSO!!!”, relatou a jovem nas redes sociais.

Ainda segundo a Ana, “esperei a enfermeira chegar para aplicar a medicação porque já estava pronta pra aplicar, ela chegou, eu perguntei pra ela se eu precisava tirar minha calça e minha calcinha, ela me disse que não, que só precisava baixar um pouco onde seria aplicado sem nem precisar tirar a calça, como sempre acontece e como tem que ser, eu nunca precisei tirar a roupa pra aplicação de medicação e nunca vou tirar, esse enfermeiro vir e falar que tenho que tirar a roupa, e tentar tirar minha blusa é um ABSURDO”.

Também deixa claro que “fui medicada, sai da sala e fui direto contar pro meu namorado, contei pra ele tudo o que aconteceu e fomos tirar satisfação com o médico, nós não queiramos confusão, mas assim que o "enfermeiro" nos viu começou a falar super alterado, confrontar meu namorado, perguntando o que ele era meu, quantos anos eu tinha, se eu não era maior de idade, disse que só estava lá fazendo o trabalho dele, chegou até falar "ela baixa calcinha pra quem ela quiser", nisso todo mundo estava vendo o que estava acontecendo, o supervisor dele tinha já chego, os seguranças, pacientes, acompanhantes de pacientes...enfim, comecei a explicar o que aconteceu pro supervisor, o "enfermeiro" óbvio negou tudo, e em seguida o supervisor pediu para acompanhar ele, pra ele escrever o que tinha acontecido, o "enfermeiro" foi seguindo o mesmo corredor dizendo frases como "você não sabe quem eu sou", "pode vim você e seu namorado", "abaixa a calcinha pra quem você quiser", "otária", "trouxa", falando num tom BEM agressivo, e eu falei que ele não iria falar assim comigo, pedi pra ele me respeitar, que ele sabia o que ele tinha feito por isso estava agindo daquele jeito, eu saí do lugar e tiraram o "enfermeiro" do lugar, ele saiu me xingando, fui ficar onde meu namorado estava e o supervisor veio para que então ele escrevesse sobre o que aconteceu, chegamos numa sala expliquei a situação pra ele, e o próprio disse: você NÃO precisa tirar a roupa pra tomar medicação, qualquer pessoa que pedir isso é na sacanagem mesmo.

Após a confusão que se instaurou no hospital, a Guarda Civil Metropolitana esteve no local e a vítima foi orientada a ir até a Delegacia, onde foi feito o Boletim de Ocorrência.

“Depois de relatar pro supervisor o que aconteceu, em seguida saímos e descemos pra ir ao banheiro, eu estava lavando a mão e chegou a Thais, uma mulher que disse que viu tudo o que aconteceu no corredor com o médico e disse que concordava com nós, que tinha que falar mesmo, o marido dela estava presente também, e orientou para fazer uma ligação para PM e chamar uma viatura, meu namorado ligou, explicou o que aconteceu e chamou a viatura, fomos esperar na calçada, até que chegou a viatura da GCM para nos atendermos, anotaram nossos dados, os dados da testemunha, e procurou pelo "enfermeiro", chegou o supervisor e mais um homem que trabalhava na unidade, e pediram pra chamar o "enfermeiro" para acompanhar tudo, ele chegou só depois e daí fomos para a delegacia, chegando lá começamos a dar entrada no B.O, a delegada meu chamou na sala para que eu desse minha versão e a verdade sobre os fatos, contei tudo o que aconteceu, ela disse que ia terminar de escrever e dar pra eu ler e confirmar se estava tudo certo, fiquei esperando na entrada, quando ficou pronto eu li e pedi pra arrumar e frisar que ele pediu pra eu tirar a roupa, foi arrumado, e depois fomos liberados, agora estou aguardando contato por e-mail, e quero ajuda pra divulgar essa história, isso não pode ficar impune, o que ele fez comigo foi ABUSO e ele tem que lidar com as consequências disso, precisa ter justiça!! Ele não pode trabalhar com mulheres e nem com ninguém, totalmente sem respeito, podia acontecer coisa pior, ele pode tentar fazer de novo, isso não pode acontecer mais!!”, finaliza a vítima.

O Jornal da Mooca tentou entrar em contato com a com a Secretaria Municipal de Saúde e até o momento do fechamento da matéria não obtivemos o retorno.

 

 

 

 

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