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Ana Maria Pantaleão

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Nossa homenageada da coluna Filhos da Terra do mês de Maio deixará o Conselho de Segurança da Mooca após 34 anos de serviços ininterruptos, sendo 20 anos na função de secretária e 14 anos como Presidente do Conseg Mooca lutando voluntariamente pela segurança do bairro.

Ana Maria Pantaleão, filha de Olga e Vito Francisco Pantaleão, primeira neta de Annina e Modesto Pantaleão, imigrantes italianos da região da Puglia e um dos primeiros moradores da parte alta da Mooca, nasceu na extinta Maternidade Santa Terezinha, na Avenida Paes de Barros, esquina com a Guaimbé, hoje, o edifício Gupiara.

Na década de 50, cursou o primário no então Grupo Escolar Pandiá Calógeras, uma época “em que a Paes de Barros era a via mais charmosa do bairro, possuía mansões imponentes, calçadas estreitas de concreto, uma larga faixa de terra e com frondosas e belas árvores”. Mas, você deve estar se perguntando por que o Filhos da Terra homenageia esta típica mooquense?

Simplesmente, porque a história de Ana Maria Pantaleão está intimamente ligada à Mooca. É difícil quem não a conheça, seja porque foi bibliotecária ou por estar à frente de um dos Conselhos Comunitários de Segurança mais participativos de São Paulo.

Assim, além de ter contribuído com sua brilhante capacidade profissional como Bibliotecária Chefe da Biblioteca Affonso Taunay, trabalha como voluntária, já que participa do Conselho Comunitário de Segurança do 18º Distrito Policial, desde a criação dos Consegs em 1985. Ao todo são 20 anos de serviços prestados na função de secretária e a partir de junho de 2005 foi eleita presidente deste Conseg, aonde vem, atualmente, desempenhando papel fundamental junto com o seu vice Dr. Pyrro Massella e diretoria na busca incansável por melhorias na qualidade de vida dos mooquenses.

Ana Maria Pantaleão por relevantes serviços prestados à comunidade e ter se destacado profissionalmente foi convidada a ingressar no Rotary Club São Paulo Mooca, onde ocupou o cargo no Conselho da gestão 2009/2010 de presidente da Comissão de Prestação Serviços.

Vale dizer que Pantaleão é formada pela Escola de Biblioteconomia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrada a Universidade de São Paulo. Possui quinze certificados de extensão universitária e especialização em classificação e catalogação de livros, periódicos e materiais especiais. “Trabalhei na Câmara Brasileira do livro, Entidade de Classe de Editores Livreiros e Distribuidores de Livro, onde criei e chefiei o Setor Técnico de Documentação. Em 1977, prestei concurso público municipal para bibliotecários e no mesmo ano fui convidada a preencher o cargo pela então chefe da Biblioteca Affonso Taunay, Sra. Eva Thereza de Figueiredo.Em 1981, passei a exercer o cargo de Bibliotecária Chefe da mencionada Affonso Taunay, lá permanecendo até 1991 quando fui convidada a ocupar o cargo de Diretor Técnico na Secretária Municipal de Cultura gerenciando na época 26 bibliotecas públicas espalhadas pelo bairro de São Paulo. Meu último cargo foi a chefia da Biblioteca do Arquivo Histórico Municipal, no Departamento do Patrimônio Histórico do Município”, disse.

Ana Maria sempre engajada com os assuntos pertinentes ao bairro, participou ativamente para mudar a data de aniversário da Mooca e a luta para que o bairro tivesse a própria bandeira. “ Eu participei ativamente da mudança da data de aniversário da Mooca, de 117 anos em 1984 para 429 anos em 1985, referendando junto com as entidades a pesquisa do saudoso Eugênio Luciano Junior, batalhador incansável na luta pelo reconhecimento da antiguidade da Mooca, quase próxima à fundação de São Paulo. Para concretizar o sonho do Eugenio Luciano Junior, das Entidades e moradores em ter a Bandeira da Mooca. Tanto à bandeira quanto o brasão são projetos da heraldista e vexilogo Dr. Lauro Ribeiro Escobar com desenho de Expedito José dos Santos. Os projetos, após dois anos de estudos pelos órgãos Ccompetentes foram aprovados e em reunião no Auditório da Associação Comercial de São Paulo-Distrital Mooca em 29 de agosto de 1991 foram apresentados a comunidade”.

Quando perguntada sobre o Conseg Alto da Mooca e sua chapa ter sido eleita novamente ela responde: “vou valorizar o bom policial porque nós percebemos que por força de lei, nem sempre ele pode exercer o seu papel. Assim, a minha plataforma de trabalho é valorizar o bom profissional. Recebemos o Prêmio Franco Montoro de Participação Comunitária Edição 2006 com o Projeto “Educação e Valorização de Trabalhadores da Região Mooca” em parceria com a Unicapital, Obracil Comercial e Construtora LTDA e as polícias Civil e Militar. Dentre os 445 Consegs em funcionamento apenas 18 trabalhos foram selecionados pelas respectivas Comissões Regionais de cada área.

No ano de 2018 recebeu na comemoração dos 452 anos da Mooca a Comenda do Mérito da Mooca outorgada pelo Jornal da Mooca. E para finalizar esta homenagem no ano de 2019 Ana Maria Pantaleão deixa depois de 34 anos o Conseg Mooca.

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