Número de procedimentos cirúrgicos realizados nos Hospitais Dia aumenta 209,75% em seis anos
O crescimento é resultado da ampliação do horário de funcionamento desses equipamentos, implementado pela gestão municipal em agosto de 2021
Os Hospitais Dia (HDs) realizaram, em 2022, 28.847 procedimentos cirúrgicos, um aumento de 209,75% em relação ao ano de 2016, quando foram realizados 9.313 procedimentos, nos 16 HDs existentes até então. Em relação ao ano de 2019, quando foram realizados 15.592 procedimentos, o crescimento foi de 85%. Essa expressiva melhora é resultado da ampliação do horário de funcionamento dos HDs implementada pela Prefeitura de São Paulo desde agosto de 2021, quando nove dos atuais 17 equipamentos do tipo passaram a funcionar 24 horas. São eles: Brasilândia/Freguesia do Ó, Santo Amaro, Capela do Socorro, Sorocabana Vila Guilherme/Vila Maria, São Miguel Dr. Tito Lopes da Silva, Butantã, Ipiranga Dr. Flávio Giannotti e Cidade Ademar.
Neste ano, de janeiro a abril, foram realizados 9.160 procedimentos cirúrgicos, um crescimento de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 7.475 cirurgias.
A medida adotada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) teve como objetivo justamente dar mais celeridade aos procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade que podem ser realizados nos HDs e, assim, também possibilitar que os hospitais municipais convencionais possam se dedicar aos casos de maior complexidade.
A ampliação do serviço tem beneficiado cidadãos como o motoboy Claudio Augusto de Moura Ferreira, 30 anos, que esteve no Hospital Dia Brasilândia/Freguesia do Ó na última quarta-feira (12) para realizar uma vasectomia. Pai de quatro filhos, ele procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Terezinha, que o encaminhou para um especialista e indicou a cirurgia no HD. “Todo o processo levou menos de 30 dias para acontecer. Graças à agilidade do atendimento, fiz a cirurgia ontem à noite e duas horas depois eu já estava jantando em casa. Fui muito bem-atendido.”
A cuidadora de idosos, Dulcilene Ferreira Lima, 56, também guarda boas lembranças do atendimento recebido no HD São Miguel. “Eu sentia muitas dores abdominais e por meio dos exames descobri que tinha pedra na vesícula. A cirurgia de colecistectomia, para a retirada do órgão, foi marcada para o dia 12 de março e na ocasião retiraram também 926 cálculos. O atendimento do HD foi maravilhoso e não deixou a desejar a nenhum hospital privado. Os médicos e enfermeiras foram atenciosos e minha recuperação foi excelente.”
Estrutura física da rede cresce 12,86% em seis anos
A fim de aumentar a capacidade de atendimento da atenção primária à hospitalar, essa gestão também tem investido fortemente na ampliação física da rede municipal de saúde. Enquanto até 2016 a capital paulista contava com 910 equipamentos de saúde, hoje são 1.027, um aumento de 12,86% em seis anos. Para citar alguns exemplos, a cidade passou de apenas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para as atuais 23, de 451 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para 470, de 20 para 30 hospitais, e de 147 equipamentos de saúde mental para 216, sendo 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Ou seja, um aumento significativo para oferecer melhores condições de atendimento à população.
Parte dessas entregas é resultado do programa Avança Saúde SP, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Das 107 obras contratadas, 90 já foram concluídas e 17 estão em andamento. Foram realizadas construções e reformas de pequeno a grande porte em todas as regiões da cidade. Para as unidades que fazem parte do Avança Saúde SP também está prevista a aquisição de mobiliário e equipamentos médicos. Dois hospitais municipais também foram contemplados no programa: Hospital Municipal de Parelheiros e Hospital Municipal da Brasilândia – Adib Jatene, com a construção e aquisição de equipamentos, além da reforma e aquisição de equipamentos do Pronto-Socorro do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). Até o momento, já foram investidos mais R$ 607 milhões em obras e equipamentos.
Além da parceria com o BID, a gestão municipal tem investido recursos próprios, de emendas parlamentares, de parcerias público-privadas e de convênios para reestruturar a rede municipal de saúde. Hospitais receberam o maior volume, um montante de R$ 305 milhões, seguido pelas UBSs com R$ 287 milhões, as UPAs, com R$ 108 milhões, e, por fim, os Caps, com R$ 11 milhões. Nos demais equipamentos foram investidos R$ 67 milhões, abarcando Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCIs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Centros Especializados em Reabilitação (CERs), entre outros.