Fiesp apresenta proposta para retomada de atividades econômicas
Data de Publicação: 19 de abril de 2020 21:15:00 Entidade entregará documento para governo nos próximos dias; ideia é retorno gradual por segmentos numa escala que se completaria em 45 dias
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou neste fim de semana documento com propostas para a retomada das atividades econômicas após o fim da quarentena para o combate ao coronavírus. Ele será entregue aos governos federal, estaduais e municipais nos próximos dias. O calendário da entidade prevê retorno gradual por segmentos numa escala que se completaria em 45 dias.
Não há data prevista para o início da escala, mas, no caso de São Paulo, em recente entrevista ao Estado, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que defende a quarentena determinada pelo governo de São Paulo até o dia 22, "sem que haja prorrogação." O relatório cita que cada região deve seguir suas especificidades.
No documento com cerca de 70 páginas, a entidade afirma que o processo de retomada deve seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê, entre outros itens, que a transmissão do coronavírus deve estar controlada e o sistema nacional de saúde deve ter capacidade de detectar, testar, isolar e tratar cada caso, além de acompanhar a rede de contágios. Também sugere o amplo uso de máscaras por parte da população.
Segundo a entidade patronal, o processo de reabertura gradual segue o grau de essencialidade das atividades. Os estabelecimentos devem funcionar com horários alternados para diminuir a concentração do fluxo no transporte coletivo. Eventos com grande número de pessoas continuariam suspensos.
Escolas e comércio primeiro
Pelo calendário proposto, creches e escolas, comércio varejista, restaurantes e transporte com frota de horário de pico seriam os primeiros a serem liberados na data de retomada. Quinze dias depois, seriam os shoppings centers e demais serviços. Um mês depois, sempre seguindo a data inicial, seriam os parques com controle de entrada e, por último, 45 dias depois, cinemas, academias, teatros, museus e universidades.
Como as indústrias não estavam proibidas de funcionar - a paralisação da maioria delas foi por decisão própria para ajudar no combate à covid-19 - o documento sugere apenas seguir uma jornada das 6h às 15h. O comércio varejista abriria das 12h às 21h e serviços de escritórios na faixa das 10h às 19h, "como forma de distribuir o fluxo de trabalhadores ao longo do dia e mitigar o contágio no transporte público", justifica o documento.
Também há longas relações com sugestão de protocolos com cuidados a serem observados no combate da covid-19 tanto nas ruas, fábricas, comércio e residências. O documento sugere ainda que a cada sete dias a situação da epidemia deva ser reavaliada e, com isso, os protocolos relaxados ou intensificados. Cita ainda que a liberação completa da atividade estará condicionada à evolução da epidemia.
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